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O que é Transformação Digital e como ela está mudando o mercado?

A cada geração que passa, tudo evolui muito mais rapidamente. Nos tornamos cada dia mais envolvidos pela tecnologia, e algumas vezes até mais dependente dela, e é perceptível que quanto mais digital nos tornamos, mais digitais nós queremos ser.

Como assíduos consumidores de novas tecnologias para recebimento de notícias, automatização da casa, estreitamento de relações por meio de redes sociais, entre outros diversos modos de utilizá-la, ao mesmo tempo nos tornamos consumidores muito mais exigentes.

As pessoas se viram capazes de pagar até um pouco mais, desde que possam ter a melhor experiência de usuário possível sobre produtos e serviços que estão contratando ou comprando.

E esse é (e deve ser) o ponto focal de toda e qualquer empresa que queira se manter viva nesse mercado cada vez mais competitivo, transmutativo e exigente que é o mercado digital. Ou você se adapta irá sucumbir a ele.

É disso que se trata a transformação digital e é sobre como ela impacta as empresas que veremos em seguida.

Corra na frente ou fique para trás

“Não vivemos numa era de mudança, vivemos numa mudança de era”, (Chris Anderson).

Esta frase não poderia estar mais correta. Estamos vivendo uma mudança sem precedentes, onde tudo acontece de forma ágil, num piscar de olhos.

As empresas que se mantiverem “tradicionais” e não correrem para se adaptar, para buscar o mercado digital, vão ficar para trás e muito provavelmente não irão sobreviver a médio e longo prazo.

67% da jornada do comprador agora é feita digitalmente. Isso significa que sua estratégia digital é mais importante do que nunca”, (SiriusDecisions).

A verdade é que não importa se o seu produto é ou não digital, mas a sua empresa será reconhecida, julgada e conhecida por meio da tecnologia. E com a mudança emergencial de hábitos, causada pela pandemia da Covid-19, essa transformação se tornou muito mais necessária e imediata.

“Em 2022, 70% das organizações terão o uso acelerado da tecnologia digital”, (IDC).

Ok, mas como fazer essa mudança? Como entender o meu momento diante do cenário atual e do mercado digital? Continue a leitura deste artigo que você entenderá.

A evolução do digital

A transformação digital claramente não se iniciou do dia para a noite. Há décadas esse fenômeno vem acontecendo e ele não se trata apenas da adoção de novas tecnologias, mas sim de uma disrupção no modo de cultura e estratégia das empresas baseada no comportamento do cliente como ponto focal de todo esse processo.

Entretanto, é necessário que essa disrupção aconteça de forma antecipada, que a própria empresa observe e se reinvente, abrindo oportunidade para novos negócios, riscos e desafios antes que o mercado a pegue de surpresa.

A Era da TI – 1995:

  • Drivers de tecnologia:
    • Computador pessoal;
    • Democratização da banda larga;
    • Padronização da TI;
    • Pesquisa.
  • Proposta:
    • Redução de custos;
    • Otimização de processos internos;
    • Melhoria da produtividade;
    • Início da digitalização da marca (site, serviços ao consumidor);
    • Projetos digitais orientados pela TI.
  • Disruptura digital (que migraram para um modelo digital):
    • Música;
    • Fotografia;
    • Aluguel de vídeo.

A Era do Marketing Digital – 2010:

  • Drivers de tecnologia:
    • Mídias sociais;
    • Web 2.0;
    • Celular;
    • HTML5.
  • Proposta:
    • Aumento do alcance da marca;
    • Adaptação da abordagem de marketing (propaganda) para o digital;
    • Redes sociais e conteúdo;
    • Distribuição online;
    • Projetos digitais orientados pelo marketing.
  • Disruptura digital (que migraram para um modelo digital):
    • Mídia impressa (jornais e revistas);
    • TV;
    • Viagens;
    • Recursos Humanos.

A Era da Transformação Digital – 2016:

  • Drivers de tecnologia:
    • Processos digitais e automatizados;
    • Tecnologia de nuvem;
    • Machine Learning – aprendizagem computacional em IA (inteligência artificial);
    • IoT – Internet das Coisas (conexão de dispositivos eletrônicos utilizados no dia a dia);
    • Reconhecimento de voz.
  • Proposta:
    • Criação de novas experiências de marketing;
    • Reinvenção de modelos de negócio;
    • Criação de novos produtos e serviços;
    • Invenção de novos processos;
    • Projetos digitais orientados por gerenciamento de “C-Levels” que abrangem todos os departamentos.
  • Disruptura digital (que migraram para um modelo digital):
    • Bancos;
    • Saúde;
    • Automóveis;
    • Varejo;
    • Educação;
    • Telecomunicação.

A maturidade digital das empresas

Para que uma empresa saiba qual caminho deve seguir, é necessário que ela primeiramente saiba onde está.

A maturidade digital das empresas consiste em identificar seu momento dentro do digital, se já tem ou não processos facilitadores implementados, se, mesmo que ainda não presente no digital, existe um planejamento estratégico para a aplicação do mesmo, ou se já existe e pretende expandir e/ou se reinventar.

Um exemplo que podemos citar é que poucas empresas estão avançadas em metodologia ágil e DevOps, cerca de 33% e 36%, respectivamente. Tendo uma maior adesão para o processo de gerenciamento de API’s, cerca de 53%.

E é visível que a performance de uma organização está ligada diretamente ao seu nível de maturidade digital. Quanto mais avançada a empresa encontra-se nesse processo, com pessoas centradas em tecnologias inteligentes, pessoas capacitadas e ferramentas, melhor se apresentará o desempenho comercial destas empresas.

Este desempenho pode chegar a ser 50% superior ao de outras organizações em estágio inicial de maturidade. Exemplo: a aplicação de melhores práticas como o DevOps, Continuous Testing e metodologias ágeis, que representam 35% e 33% desta melhoria.

“70% concordam que após os eventos de 2020, haverá um aumento da pressão no uso da tecnologia para o bem da sociedade.” (Coleman Parks).

Como implementar a transformação digital nas empresas?

Os clientes, de uma década para cá, mudaram radicalmente o seu jeito de escolher, comprar e/ou contratar qualquer tipo de serviço ou produto. A Transformação Digital apresentou um novo jeito de consumir, de uma forma mais ativa, cômoda, informada e com incontáveis opções, e é nesse ponto que as empresas precisam se adaptar para iniciar sua transformação digital.

O primeiro passo que podemos citar se inicia em top-down (de cima para baixo) na cadeia hierárquica da empresa. É necessário que os dirigentes da empresa avaliem e identifiquem o impacto da transformação digital no negócio, entendendo quais ferramentas e práticas devem ser adotadas na implementação e mudança de mindset.

Após identificar o que é necessário para a implantação da Transformação Digital e entender o nível de maturidade em que a organização se encontra (citado no tópico anterior), existem 3 pontos muito importantes que servirão como guia para o desenvolvimento digital dentro da empresa. São eles:

Foco no cliente

  • Promover a melhor experiência do cliente (UX) possível;
  • Gerar a fidelização do cliente;
  • Ter um alto índice de satisfação, também chamado Net Promoter Score (NPS).

Eficiência Operacional

  • Promover a melhora da produtividade dos funcionários;
  • Desenvolver processos de recrutamento e retenção de talentos mais elaborados e assertivos;
  • Investimento em tecnologia da informação (TI);
  • Melhorar a qualidade e velocidade dos processos (metodologia ágil, DevOps, Continuous Testing);
  • Promover a alavancagem da inovação de desenvolvedores terceirizados;
  • Atingir a maior eficiência operacional e de processos possível.

 Modelo de negócio – agilidade empresarial

  • Aproveitar oportunidades de forma ágil na tomada de decisão;
  • Desenvolver, testar e lançar novos produtos com mais velocidade e qualidade.

Modelo de negócio – crescimento

  • Aumentar e gerar novas fontes de receita;
  • Atingir uma alta maturidade digital;
  • Atingir uma alta diferenciação competitiva.

Onde está o Brasil nessa transformação digital?

Não diferente do restante do mundo, as empresas brasileiras também se viram obrigadas a adotar o digital para continuarem gerando receita e não falirem. Porém, surpreendentemente, o Brasil encontra-se em terceiro lugar entre os países com maior potencial de Transformação Digital no mundo.

“76,2% das companhias do país estão desenvolvendo ou já implementaram uma estratégia de digitalização em suas operações.” (Samba Tech)

De acordo com a Samba Tech, somente 1,9% das empresas brasileiras não possuem nenhum plano de digitalização do negócio, 12% com planos de implementar, mas ainda sem um planejamento definido e 9,5% com um roteiro de Transformação Digital, porém ainda não iniciada.

É interessante notar e ressaltar que não só apenas as grandes companhias que estão migrando para o digital, mas também as médias e pequenas.

Outro ponto observado durante a pesquisa é que certas áreas se destacam dentre as companhias que pretendem implementar a Transformação Digital em seus negócios. As top 5 áreas são:

  • Análise de dados – 62%;
  • Soluções para a jornada do cliente – 54%;
  • Computação na nuvem – 46%;
  • Arquitetura de sistemas – 40%;
  • Inteligência artificial – 38%.

Um novo tipo de profissional está surgindo…

… e quem se aprimora, acaba se tornando um candidato competitivo e requisitado para as novas diversas áreas que são criadas a todo momento no mercado.

As empresas também devem investir no desenvolvimento e atualização de seus funcionários. É necessário desenvolver um  plano de capacitação que permita ao colaborador adquirir novas habilidades que sejam de suma importância na aplicação do dia-a-dia da Transformação Digital da organização.

Essas são algumas das competências mais requisitadas do mercado digital atual:

  • Comunicação escrita/verbal;
  • Pensamento analítico;
  • Pensamento estratégico;
  • Liderança;
  • Inovação;
  • Tomadas de decisão;
  • Vendas;
  • Atenção ao cliente;
  • Mídias sociais;
  • Comunicação;
  • Inclusão digital;
  • Design;

Já chegamos à Quarta Revolução Industrial?

O mundo já passou por diversas revoluções industriais, e todas elas representaram um marco histórico na evolução da humanidade como um todo, todos os setores de produtos e serviços sofreram avanços antes não imaginados. Com a Quarta Revolução Industrial não é diferente.

De acordo com o Fórum Econômico Mundial, todas as transformações atuais nos colocam em uma nova revolução pautada na velocidade, alcance e impacto dos sistemas. Sendo essa transformação possível devido a tendência à automação dessa nova era, possibilitada pela internet das coisas (IoT) e pela computação na nuvem.

Entenda um pouco mais sobre cada revolução industrial:

Primeira Revolução Industrial (1785)

Se tratou da utilização da força a vapor para mecanização e produção.

Segunda Revolução Industrial (1870)

Criação e utilização da energia elétrica para desenvolver a produção em massa.

Terceira Revolução Industrial (1950)

Começou com o avanço da eletrônica e robótica a partir do investimento em tecnologia durante a 2ª Guerra Mundial.

Quarta Revolução Industrial (Atual)

Na atual Quarta Revolução Industrial, estão sendo usados sistemas que permitem a interação do digital com o físico/real, satisfazendo assim as novas necessidades das pessoas.

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