Seu time ‘É’ ágil ou apenas ‘FAZ’ ágil?
Nos últimos anos fomos “impulsionados” a adotar certas práticas ágeis, frameworks, metodologias e ferramentas, como o Scrum e o Kanban. Mas de fato entendemos o porquê desse movimento? Os times que adotam a agilidade entendem o mindset necessário por trás dessa aplicação? Sem esse entendimento amplo os times tendem a voltar aos antigos processos e modelos de gestão em situações adversas.
Como pano de fundo de todas as práticas ágeis, amplamente adotadas pelo mercado, há valores e princípios. Conhecido por muitos e praticado por poucos, o Manifesto Ágil nos trouxe esses 4 valores e 12 princípios. Não iremos aqui nos aprofundar em cada um deles, mas sim na importância no entendimento e prática — o tão falado Mindset Ágil.
Apenas executar bem ferramentas e práticas não nos garantem o sucesso na aplicação da Agilidade. Cada vez mais a adaptabilidade dos times é necessária, visto os cenários complexos e de constante mudança que estamos inseridos. É preciso responder a essas mudanças rapidamente para vencer nesse cenário e aumentar as oportunidades geradas. A gestão pautada por processos burocráticos deve dar lugar a gestão ágil.
Os cilos organizacionais devem ser quebrados, times autônomos e multidisciplinares devem ser organizados para entregar valor a quem realmente importa, o cliente! Lembrando: o que é “valor” para o cliente irá mudar constantemente. Seus times estão prontos para trabalhar com frequentes mudanças, exercendo a adaptabilidade necessária?
Esse não é um trabalho fácil! Os times podem aprender Scrum, Kanban, SAFe, e exercitar no dia a dia todos os rituais e cerimônias ditadas por esses métodos e frameworks. Porém o real entendimento do Mindset Ágil, seus valores e princípios são o que realmente pautam essas ferramentas e dão aos times a atitude necessária para prevalecer em cenários de extrema incerteza.
Então a Agilidade é: o conjunto de práticas, princípios e valores para responder rapidamente a mudanças necessárias, criando um ambiente saudável e entregando valor ao cliente final, com a geração de resultado!
Essa mudança deve ser pautada por algumas atitudes:
1. Colaboração: deve-se quebrar barreiras e hierarquias. Nenhuma pessoa detém toda informação para si. A colaboração entre os membros do time (e entre times) é essencial.
2. Foco no cliente: devemos trazer o cliente para o centro de toda a decisão e pensar o que de fato ele deseja. Estar em contato constante com ele e coletar seu feedback.
3. Experimentação: não podemos ter medo errar, contanto que aprendamos e sigamos na direção correta. O erro é aceitável, persistir no erro não!
4. Ciclos curtos de entrega: a melhor maneira de aprender com erros e coletar rápidos feedbacks são com pequenas e curtas entregas. Invés de entregarmos um produto ou solução pronta, quebramos em pequenos “packs” e decidimos junto ao cliente se pivotamos ou seguimos naquela direção.
5. Autonomia: para responder de forma rápida a mudanças é preciso termos times auto-organizados e disciplinados, que possam decidir juntos qual caminho seguir, não sendo necessário recorrer a uma hierarquia.
Seu time já pratica essas atitudes ou apenas fazem daily e possuem um kanban? A mudança vai muito além de práticas e ferramentas, é uma filosofia que deve ser exercida por todos. Só assim teremos sucesso nesse mundo que é complexo, mas também desafiador e adaptativo!